Situação típica nos dias atuais: recebemos alguma informação, foto ou vídeo em uma rede social ou aplicativo de mensagens e nos perguntamos: “Será que é verdade? Vale passar adiante?”. E então muitas dúvidas nos vem à mente. Nos preocupamos com a segurança dos nossos filhos e com a nossa própria, principalmente com relação às informações pessoais. Afinal existem hackers que copiam senhas, pessoas que roubam fotos, outras inventam boatos que assustam… a lista é grande.
Como evitar boatos
Os boatos na internet acontecem porque existem pessoas dispostas a divulgar mentiras para ganhar curtidas ou somente pelo prazer de causar pânico. Mas temos dicas que podem ajudar você a diagnosticar quando alguma informação é falsa e evitar que ela passe adiante. Entenda:
- o WhatsApp tem agora a informação “encaminhada” na parte de cima da mensagem. O recurso foi criado para que se saiba que se trata de um compartilhamento. Então suspeite e pesquise se o conteúdo é verídico;
- Muitas vezes recebemos links que são repassados de promoções ou notícias “quentes”. Desconfie de notícias alarmantes que tenham avisos como “compartilhe agora mesmo”, “não deixe de compartilhar para todos que você conhece, urgente!”.
- Duvide de endereços compartilhados em aplicativos de mensagem que direcionem para sites que demoram para carregar, solicitam instalação de programas, abrem múltiplas janelas e abas, pedem seus dados pessoais ou tenham erros de ortografia e concordância.
Compartilhar ou não?
Na dúvida, evite compartilhar. Questione se o conteúdo vai ajudar as pessoas e se realmente é verdadeiro. Fotos montadas sobre política, preconceito travestido de notícia inédita, denúncias bombásticas, epidemias crescentes e coisas parecidas: se não tem certeza, desconfie e apague.
Como conferir se é verdade
Não parece, mas é muito fácil saber se a informação é verdadeira ou não. Na rede existem sites confiáveis de órgãos do governo, como o do Ministério da Saúde, que podem confirmar a veracidade de notícias como doenças novas, epidemias, mortes e contaminações. Há também sites especializados criados com o intuito de descobrir se o conteúdo é verdadeiro ou não, como o e-farsas
e o boatos.org.
Desafios para crianças e adolescentes
Quase todos os dias pessoas mal intencionadas inventam desafios como o baleia azul, da canela, do desodorante ou da asfixia. É importante acompanhar o que os pequenos veem na internet e orientá-los a não ceder a nenhum tipo de “brincadeira”. As crianças e adolescentes sentem a necessidade de estar inseridos em um grupo e, para eles, fazer o que essas pessoas sugerem é como um passe de entrada para a turma. Converse com seu filho e explique que, se alguém pede para ele se machucar, essa pessoa não é amiga.
Notícias que causam pânico
Por incrível que possa parecer, muitas pessoas inventam notícias que se espalham e trazem pânico, geralmente ligadas a risco de morte. Apesar de existirem muitos vídeos e notícias que dizem “comprovar” fatos como a Boneca Momo ensinando técnicas de suicídio no YouTube Kids, nada foi
de fato atestado, nenhum acidente relacionado a tal fato foi realmente confirmado. O que as autoridades concluíram é que não existem provas concretas por enquanto. Ainda assim, as empresas Google e WhatsApp foram notificadas pelo Ministério Público da Bahia para impedir a difusão das imagens da personagem.
Orientação aos pais
Independentemente da comprovação ou não, o que tem causado mais indignação nos especialistas é que alguns pais ainda não entendem que os filhos pequenos devem ser monitorados quanto ao uso da internet. Existem apps que bloqueiam e limitam o acesso das crianças a sites e aplicativos inapropriados — nós já fizemos até um post sobre sobre o assunto. Além disso, todo pai deve acompanhar o que o seu filho faz na internet, ter as senhas, ficar por perto e monitorar sempre. É importante nunca deixar que as crianças usem a rede indiscriminadamente.
Seja pai e amigo
- Não deixe que a internet faça o trabalho de babá do seu filho, esteja sempre presente;
- Exija senha de redes sociais, e-mails, cadastros de sites de jogos… e acompanhe toda a movimentação da criança na rede;
- Ensine que seu filho não precisa provar nada para ninguém, os amigos de verdade não querem o mal dele;
- Tenha um relacionamento de amor e carinho com o seu filho, antes que ele busque atenção e respeito fora de casa e com as pessoas erradas;
- Estabeleça no seu dia um tempo especial para dedicar ao seu filho. Converse, jogue jogos de tabuleiro, leia e brinque com ele, organize passeios no parque ou outro lugar ao ar livre. As crianças precisam da interação dos pais.
Fale sobre a rede e estabeleça regras
- Converse e exponhas os riscos da internet, oriente seu filho a nunca compartilhar o endereço, telefone, escola que estuda, fotos íntimas ou não…
- Redes sociais têm exigência mínima de idade por um motivo lógico: as crianças não precisam delas;
- Dê ao seu filho autonomia quando ele tiver consciência dos riscos, com regras claras sobre segurança, e que o informe sobre qualquer atitude suspeita;
- Use apps que monitoram o uso da rede, bloqueiam aplicativos e seu conteúdo, desligam o aparelho em um horário programado e o avisam caso haja atividade inapropriada.
Ajude a entender essa fase
- Não ria ou deboche do que seu filho fala, como medos e dificuldades. Isto o afasta de você e o aproxima de pessoas de fora, que podem não ser boas companhias;
- Converse e seja amigo do seu filho, faça-o compreender que os pais são as pessoas que estarão sempre presentes para ajudá-lo no que for preciso;
- Preste atenção se o comportamento da criança mudou, porque isso pode ser sinal de problemas na rede ou pode significar dificuldade na escola ou com amigos e até algum tipo de abuso.
Gostou das nossas dicas? Tem mais alguma sugestão para a seguranças dos pequenos na Internet? Comente e ajude a divulgar essas dicas de segurança com quem você conhece ?